Aviso
O XEROX
Eu tomava um cafezinho no bar. Dois garçons do lado de lá do balcão conversavam sem cerimônia, e ouvi o diálogo:
— O cara é igualzinho a mim – dizia o baixinho. – O rosto, cabelo, tamanho, tudo, tudo... Se fosse meu irmão gêmeo, não seria tão parecido comigo.
— Sei. E daí? – perguntou o mais alto.
— Acontece que esse meu xérox é gay. E tem um mulato fortão que é gari e que é louco por ele. Me confundiu com o gay, e foi chegando aqui no bar, me arrastou pro canto, foi me beijando, passando a mão na minha bunda... Eu dizia que não era o outro, mas ele era todo braços e mãos na minha bunda.
— E você não fez nada?
— Não pude. O sujeito me ama.
SOLUÇÃO
— Investigador, o crime é insolúvel?
— O criminoso matou a esposa dando-lhe um veneno dissolvido n'água e depois se matou entrando numa banheira cheia de ácido onde se dissolveu parcialmente. Portanto é um crime solúvel — respondeu com duplo sentido o investigador. — Insolúvel é o ser humano — completou ele, novamente com duplo sentido.