A minha geração teve
muita influência do humor do 'Charlie Hebdo'. Na época do 'Pasquim', a redação
recebia o jornal e também a revista 'Hara Kiri', de onde bebíamos ávidamente
aquele humor satírico, cáustico e muito engraçado. Para o 'Charlie Hebdo' nada
é sagrado. É o humor em estado bruto. Na época da ditadura era o que
precisávamos, um humor político direto e sem muita sutileza. Meu traço tem
muita influência do Reiser que publicava lá e que morreu cedo. O 'Charlie
Hebdo' é um ícone na França, como Tintim e o Asterix. Temos que repudiar este
atentado. A liberdade de expressão é um valor universal e o humor é um bem
democrático. Os cartunistas vão resistir até a última gota de nanquim.
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