NILSON FALA DE COMO O DESENHO É UMA FORMA DE FAZER POLÍTICA.
“Política pra mim é você mudar diretamente o real. A arte, a filosofia, o humor são maneiras de você mudar o simbólico, que pode ajudar a mudar o real. Eu uso o “estilo cartum” na charge e no quadrinho. Ele permite a crítica, mas também a caracterização carinhosa de nós mesmos, em oposição àquela imagem ridícula que tem nos produtos americanos. A maioria dos quadrinhos publicados no Brasil são importados, e a imagem que nos chega através do cinema, da televisão e da publicidade quase que de uma maneira absotuta são dos Estados Unidos; e aí o problema maior é o da exclusão. Eu estou incluindo a nós mesmos, eu estou incluindo o terceiro mundo ao desenhá-los de uma forma que não é ridícula. Essa inclusão é feita justamente para combater a exclusão que vem de lá.”
Nilson é o Darci Ribeiro do cartum. Nilson é nacionalista de dar inveja ao Policarpo Quaresma, ele luta bravamente contra o imperialismo, entreguismo, capitalismo, neoliberalismo e outros ismos perversos; mas é a favor do socialismo e do humorismo e humorismo, como disse o Millôr, é o ismo que ri por último. Nilson fica lá em Minas trabalhando na imprensa sindical porque seu trabalho não é palatável ao gosto da grande imprensa, com isso perdem os leitores que não podem ver suas charges que são petardos certeiros, seu humor vai com o dedo na ferida. Agora ele lançou um álbum “Falando Nilson”.
Aqui uma pequena mostra da sua pegada. Clique para ampliar
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