CARLOS DRUMMOND DE ESTÁTUA
Nani.
Estatuaram-me
Bacana!
Cá estou em Copacabana
Sentado de costas para o mar
Fotografam-me
Legal!
O poeta de metal
Agora tem um coração de lata
Que contrai e relaxa
Dentro do peito de aço
Um coração de araque
Fazendo tique e taque
Brisa, mulheres de biquíni, maresia
Sólido na solidão
Ainda sinto dor e alegria
E espanto pela vida
Que se escancara
Em luzes, ruídos, cores
Amor e rara paz – muito rara –
Vejo o mundo, vejo tudo
Quando não roubam os óculos da minha cara.
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
Marcadores: contos e causos
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2 comentários:
Belo poema.
Adorei o poema.
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