CRÔNICAS DO CURTUME
Os patrões que tive arrancaram meu couro
Desde então, sinto frio
E procuro pelo que me pertenceu
E que me dava calor
Sinto saudades da minha pele
Gostava do tecido e dos meus pelos
É uma busca vã
Encontro outros desempregados
Como eu, despelados
Todos buscamos nossos couros
Que na mão dos donos do dinheiro viraram ouro
Necessitamos de nossas dermes e epidermes de volta
Para que tenha fim essa canseira
Porque nunca mais temos dormido
Quem suporta o zumbido
Das varejeiras que infestam nossos ossos?
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Marcadores: contos e causos
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